Incontinência Urinária na Esclerose Múltipla – Dentre as causas da Incontinência Urinária (IU), está a Esclerose Múltipla (EM). Estudos apontam que entre 75-90% dos pacientes que enfrentam a EM apresentarão Incontinência Urinária em algum estágio da doença; a presença da desordem ginecológica está diretamente relacionada à progressão do distúrbio neurológico.
Continue esta leitura para saber mais sobre a incontinência urinária na esclerose múltipla, seus impactos e como contê-la.
Incontinência Urinária na Esclerose Múltipla – Saiba Mais
A Esclerose Múltipla consiste em uma doença inflamatória, degenerativa e crônica do sistema nervoso central, que compromete a comunicação entre o corpo e o cérebro. Ela costuma acometer pessoas jovens, na faixa etária dos 20-40 anos, e suas causas são multifatoriais.
O desempenho vesical depende diretamente do bom funcionamento das conexões nervosas, para garantir o enchimento e esvaziamento adequados da bexiga. Uma vez que estas conexões são prejudicadas pela EM, as pacientes correm o risco de desenvolver problemas na bexiga, como a incontinência urinária.
Sintomas
A incontinência urinária na esclerose múltipla é caracterizada, em resumo, pela presença dos seguintes sintomas:
- Dificuldade de retenção urinária;
- Urgência para urinar;
- Polaciúria (aumento na frequência das micções);
- Perdas involuntárias de jatos de urina;
- Enurese noturna (perda urinária durante o sono);
- Dificuldade de iniciar a micção;
- Sensação constante de não esvaziamento completo da bexiga;
- Diminuição dos jatos de urina;
- Esvaziamento incompleto da bexiga.
Além da bexiga, a esclerose múltipla também pode afetar o intestino: estima-se que cerca de 34% dos pacientes apresentam problemas intestinais que comprometem seu cotidiano e sua qualidade de vida. Constipação e vazamento intestinal estão entre os principais sintomas.
A boa notícia é que é possível evitar a incontinência urinária e as demais complicações que afetam sua qualidade de vida na esclerose múltipla, a partir de alguns cuidados com a sua bexiga e seu intestino. Além disso, após o diagnóstico, torna-se necessário um manejo multidisciplinar da EM juntamente à incontinência urinária, a fim de contornar a disfunção miccional.
Tratamento
A paciente que enfrenta incontinência urinária na esclerose múltipla deve manter um acompanhamento multidisciplinar e regular, envolvendo ginecologistas, neurologistas, fisioterapeutas e psicólogos. Algumas mudanças comportamentais também deverão ser incluídas no seu cotidiano, tais como:
- Diminuir a ingestão de líquidos antes de sair de casa e antes de dormir;
- Evitar alimentos irritantes à bexiga, como condimentados, apimentados ou com temperos fortes;
- Evitar a ingestão excessiva de cafeína;
- Abandonar o tabagismo;
- Manter um processo de reabilitação da musculatura pélvica com um fisioterapeuta;
- Esvaziar a bexiga o máximo possível durante as micções, independente de quanto tempo leve.
Dependendo do seu grau de incontinência, talvez seja necessário o uso de um cateter intermitente ou um catéter externo. O primeiro é indicado para pessoas que não conseguem esvaziar suas bexigas sozinhas, e o outro, para dar suporte às pacientes durante os vazamentos ocasionais de urina.
Você deve conversar com o seu ginecologista de confiança para descobrir novas estratégias que te ajudem a lidar com a incontinência urinária na EM. Não permita que a condição prejudique sua qualidade de vida, seu bem-estar e sua vida social/profissional. Lembre-se: quanto maior o atraso no diagnóstico, maior será o impacto da IU em suas atividades cotidianas. Não hesite em procurar ajuda médica!